segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Sistema Dose Unitária



O que é o sistema de dose unitária?

Um conjunto de equipamentos e ações, que permite checagem final apropriada através da informação dos medicamentos administrados aos pacientes.

O que é o medicamento em dose unitária?

Individualização dos medicamentos, preparação, envase, etiquetagem e dispensação para pronta administração da dose, para um paciente específico e em hora determinada.

Beneficios

Administração Hospitalar:


• Sistema mais seguro do que o tradicional;
• Melhor utilização do tempo do profissional;
• Economia;
• Redução da perda de medicamento;
• Controle rígido das drogas administradas;

Farmaceuticos:

• Melhor utilização das habilidades profissionais do farmacêutico, dando prioridade aos cuidados
com o paciente;
• Simplifi cação do inventário, do controle e da administração do medicamento.

Hospitalar:

• Melhor imagem do serviço ao paciente;
• Distribuição precisa dos medicamentos a cada paciente.;
• Melhor administração e controle de distribuição, inventário e despesa com medicamento;
• Otimização do trabalho do funcionário.

Médico:

• Menor risco de que o medicamento prescrito não seja administrado ao paciente;
• Menor risco de que o paciente desenvolva reação alérgica;
• Menor risco de que o paciente desenvolva qualquer tipo de reação pela utilização dos medicamentos que interagem;
• Maior rapidez na recuperação do paciente;

Corpo de enfermagem:

• Menor trabalho administrativo;
• Maior tempo disponível para o cuidado com o paciente;
• Melhor utilização das habilidades profissionais.

Pacientes:

• Certeza na administração do medicamento correto;
• Melhores cuidados pelos profissionais;
• Recuperação mais rápida.

Desenvolvimento escalonado de uma farmácia hospitalar

Fase I

Implantar ou atualizar oprocesso de seleçãode medicamentos.
Estruturar e/ou dinamizar a comissão de padronização.
Aprimorar ou implantar o gerenciamento do stoque de medicamentos.
Distribuir medicamentos pelo sistema mais viável.
Implantarfarmacotécnica básica e adaptativa.
Participar da comissão de controle de infecção hospitalar.

Fase II

Implementar o sistema de distribuição de medicamentos.
Estruturar o centro de informação de medicamentos.
Transformar a comissão de padronização emc omissão de farmácia e terapêutica.
Editar e divulgar o formulário farmacoterapêutico.
Participar da auditoria de antimicrobianos.
Ampliar a participação nas ações de controle de infecção hospitalar.

Fase III

Realizar estudo biofarmacotécnico de formulações de uso hospitalar.
Estruturar a unidade de centralização de preparo de citostáticos.
Estruturar a unidade de manipulação de nutrição parenteral e de misturas endovenosas.
Implantar controle dequalidade de matéria-prima e medicamentosmanipulados.

Fase IV

Desenvolver estudos de utilização de medicamentos.
Realizar análises farmacoeconômicas.
Estruturar sistema de farmacovigilância.
Participar da monitorização plasmática de fármacos.
Desenvolver estudos de farmacocinética clínica.
Participar de ensaios clínicos de medicamentos.
Implantar farmácia clínica ou atenção farmacêutica.

sábado, 12 de setembro de 2009

O que é??



A farmácia hospitalar é um órgão de abrangência assistencial, técnico-científica e administractiva, onde se desenvolvem actividades ligadas à produção, armazenamento, controle, dispensa e distribuição de medicamentos e correlatos às unidades hospitalares.
É igualmente responsável pela orientação de pacientes internos e ambulatoriais, visando sempre a eficácia da terapêutica, além da redução dos custos, voltando-se também para o ensino e pesquisa, propiciando assim um vasto campo de aprimoramento profissional.
Um Serviço de Farmácia num hospital é o apoio clínico integrado, funcional e hierarquicamente, num grupo de serviços que dependem directamente da Direcção Central e estão em constante e estreita relação com sua administração.
A principal razão de ser da Farmácia é servir ao paciente, objectivando dispensar medicações seguras e oportunas. Sua missão compreende tudo o que se refere ao medicamento, desde sua selecção até sua dispensação, velando a todo momento por sua adequada utilização no plano assistencial, económico, investigativo e docente. O farmacêutico tem, portanto, uma importante função clínica, administractiva e de consulta.

Competências do farmacêutico

Garantir a adequação do tratamento prescrito no que diz respeito ao medicamento, à dosagem e à posologia.
Assegurar a compreensão da terapêutica por parte do doente.
Prevenir, detectar e corrigir problemas relacionados com o medicamento.
Realizar protocolos de informação a fornecer sobre determinado medicamento e cada regime terapêutico.
Fomentar a adesão ao tratamento e estabelecer um sistema de monitorização e vigilância do mesmo.
Estabelecer um circuito de comunicação com a equipa multidisciplinar.
Estabelecer um programa de cuidados farmacêuticos, particularmente aos doentes em início de tratamento, aos sujeitos a alterações da medicação ou com problemas relacionados com a terapêutica, ou sempre que solicitado.
Garantir a confidencialidade e o anonimato dos doentes no processamento dos dados.
Elaborar procedimentos escritos com actualização contínua.Exercer actividades de farmacovigilância. (notificar reacções adversas a medicamentos (RAMs)).

Aconselhamento ao doente

A todo o doente que inicie tratamento, assim como quando são efectuadas alterações ou modificações no mesmo, deve ser fornecida informação detalhada. Deve ser assegurado que o doente compreende o tratamento prescrito e a importância do seu cumprimento rigoroso.
A informação de cada medicamento deve focar, no mínimo, os seguintes aspectos: identificação, dosagem, posologia, conselhos para a correcta administração, efeitos adversos, contra-indicações a ter em consideração, pela sua importância ou frequência e eventuais restrições alimentares ou de outra natureza.
Deve ser disponibilizada ao doente informação oral e escrita sobre os medicamentos que toma e regime posológico instituído.
Deve ser proporcionada informação acerca das estratégias a utilizar para evitar que o doente se esqueça de tomar os medicamentos.
O farmacêutico deve detectar e corrigir erros ou lacunas de informação.
Devem ser também considerados outros aspectos, incluindo a automedicação e o uso de medicinas alternativas, ou substâncias ilícitas, para detectar possíveis problemas relacionados com a medicação

Normas de dispensa a doentes de ambulatório

A dispensa de medicamentos deve ser efectuada mediante prescrição médica individualizada, datada e assinada. Devem ser evitadas transcrições da prescrição original ou comunicações verbais.
Os medicamentos dispensados devem estar na sua embalagem original, ou correctamente reembalados, de modo a garantir a sua correcta identificação, dosagem, lote e prazo de validade.
O período de dispensa de medicamentos deve estar adaptado às necessidades de cada doente.
Salvo prescrição específica do médico não deve ser dispensada medicação para períodos inferiores a dois meses

Fluxograma do Acto Farmacêutico no âmbito da Dispensa de Medicamentos ao Doente